quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quantidade de iodo no sal consumido no Brasil será reduzida

Consumo excessivo da substância pode aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.

Medida que reduz os limites de iodo adicionado no sal de consumo humano no País foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, a faixa de variação do iodo no sal é de 20 a 60 miligramas (mg) por quilo (kg) de sal e, com a resolução, passará de de 15mg/kg a 45 mg/kg.
A medida foi tomada a partir de pesquisas que revelam que a população brasileira consome uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os novos valores também seguem a orientação do Ministério da Saúde, que tem acompanhado o perfil de consumo de sal no Brasil.
De acordo com a Anvisa, há indícios de que o consumo excessivo da substância possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
Os limites de adição de iodo no sal recomendados pela OMS ficam entre 20 mg e 40 mg para países em que a população consume uma média de 10 gramas de sal por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o brasileiro consome 9,6 gramas de sal diariamente, mas o consumo total pode chegar a 12 gramas, quando levado em consideração alimentos processados e consumidos fora de casa.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 do século passado como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo (DDI) no organismo, que pode provocar retardo mental grave e irreversível, surdo-mudez em crianças, e anomalias congênitas. No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso deste nutriente também traz danos à saúde.

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