Farmacêutica

Micologia - Ciências Farmacêuticas

Publicação: 2008
Editora: Guanabara Koogan
Dimensão: 27,5 cm x 21 cm
ISBN: 9788527714037


Sandro Rogério de Almeida 


Os fungos, desde a mais remota Antiguidade, fazem parte do interesse do ser humano, sob os mais diversos aspectos. Suspeitos de causar doenças bem antes das descobertas de Pasteur, têm sido estudados intensamente desde o século XIX até a atualidade,em Agronomia, Veterinária, Biologia, Ecologia, Odontologia, Medicina, Farmácia e outras ciências. O ensino da Micologia nos currículos farmacêuticos é essencial para o aprimoramento profissional, científico e técnico na formação das novas gerações dedicadas à saúde e bem-estar das populações que procuram alívio para suas moléstias, na produção de medicamentos e alimentos. A obra do Professor Sandro Rogério de Almeida contribui para a Micologia tornar-se mais difundida e mais bem conhecida entre os estudantes de Análises Clínicas, farmacêuticos, biomédicos, veterinários, dentistas, médicos, enfermeiros e outros profissionais.



Esse é um ótimo livro para os estudo dos fungos na área da saúde 
http://www.fcf.usp.br/Publicacao/Index.asp



FUNGOS E PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE USO FARMACÊUTICO
     Foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibióticos a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por bactérias.
     Certos fungos produzem toxinas poderosas, que vêm sendo objeto da pesquisa farmacêutica. Muitos fungos produzem substâncias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese de RNA mensageiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação (cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o ascomiceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinógena que ficou famosa na década de 1970.
     A ergotina cresce sobre grãos de cereal, principalmente centeio e trigo. Cereais contaminados por ergotina causaram, no passado, intoxicações em massa, com muitas mortes. Desde o século XVI as parteiras já conheciam uma propriedade farmacêutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelera as contrações uterinas durante o parto.