domingo, 20 de outubro de 2013

Vírus do papiloma humano - HPV


Vírus do papiloma humano - HPV

O vírus do papiloma humano (HPV) é uma doença causada por alguns tipos de vírus que provocam lesões e verrugas - chamadas de papilomas - na vulva, na vagina, no colo do útero, no pênis ou no ânus. Alguns tipos de HPV podem levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente de colo do útero.

O diagnóstico do HPV pode ser feito por meio de exames físicos realizados pelo médico, biópsias.


Dependendo do tipo de HPV, o tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica ou da cauterização das lesões e verrugas, administração de medicamentos que melhoram o sistema imunológico e, no caso do câncer, de quimioterapia.


Estagio avançado da doença

Os médicos acreditam que a doença se agravou por um problema genético que o rapaz possuiu: seus anticorpos são incapazes de combater ou simplesmente deter o crescimento das verrugas. O seu sistema imunológico não reconhece o vírus como uma ameaça. Assim, o vírus tem livre replicação no organismo indefeso.

Aids


Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), que leva à perda progressiva da imunidade. A doença – na verdade uma síndrome – caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a moléstia progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de infecções.

Tratamento
Foi só no final de 1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do HIV. A possibilidade de associar várias drogas diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do tratamento da AIDS, que deixou de ser uma moléstia uniformemente fatal para transformar-se em doença crônica passível de controle. Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma vida bastante longa.



Sífilis

A sífilis é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto: sífilis congênita.Conhecer sobre ela é de extrema importância, uma vez que, não sendo curada, pode manifestar complicações sistêmicas e, inclusive, causar problemas como cegueira, paralisia e danos cerebrais


A presença de ínguas na virilha e de pequenas feridas de bordas endurecidas e profundas, ambas indolores, são características da primeira fase. Essas manifestações surgem aproximadamente 15 dias após o contato com a bactéria e, entre três e seis semanas, desaparecem sem deixar cicatrizes. Em razão dessa última característica, o indivíduo pode acreditar que já se curou, deixando de fazer o tratamento.

Doenças Sexualmente Transmissíveis


As doenças sexualmente transmissíveis (DST), conhecidas por doenças venéreas, são transmitidas essencialmente pelo contato direto, mantido através de relações sexuais onde o parceiro ou parceira necessariamente porta a doença, e indireto por meio de compartilhamento de utensílios pessoais mal higienizados (roupas íntimas), ou manipulação indevida de objetos contaminados (lâminas e seringas).

Os principais agentes patogênicos são os vírus, as bactérias e os fungos.
De modo geral, o uso de preservativo, associado a alguns cuidados, impedem o contágio e disseminação. Contudo se não forem diagnosticadas e tratadas corretamente, além do processo infeccioso, podem levar à infertilidade, gravidez, surgimento de outras doenças oportunistas e até a morte.

DSTs Masculinas


As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são bastante comuns entre os homens, muito mais do que todos imaginam. Infelizmente, a maioria das pessoas não dá importância à “arma” mais simples para combatê-las: a prevenção.


A

Gonorreia Masculina

O que é?
É uma uretrite causada por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhea a qual, ao microscópio, assemelha-se a um pequeno rim.
Como se desenvolve ou se adquire?
A gonorréia se transmite através de relações sexuais com parceiras contaminadas. O risco de se contaminar, na primeira vez, é de 15-20%. Esse aumenta à medida que aumentam o número de relações com parceiras contaminadas. Sexo oral ou anal também transmitem gonorréia.
O que se sente?
Após o contágio, há um período chamado de tempo de incubação no qual o paciente está assintomático. Esse período varia de dois à dez dias. Logo após surge secreção com dor para urinar.
A secreção aumenta em quantidade com "inchume" da uretra e pele do pênis. A gonorréia pode ocorrer sem secreção alguma.
Como se faz o diagnóstico?
A história do paciente junto com o exame físico fornecem elementos fundamentais para o diagnóstico. O exame bacterioscópico de secreção, com o auxílio de corantes especiais (Gram), pode ser realizado no própio consultório, pelo médico, se houver condições. Se não, o exame bacterioscópico e bacteriológico feitos em laboratório são solicitados.Em casos duvidosos e arrastados pode-se solicitar a cultura de Thayer-Martin que é mais específica.
Quais as conseqüências da doença?
Não tratada, o gonorréia pode causar estreitamento uretral no homem, como também afetar órgãos adjacentes: testículos , epidídimos e próstata. Com os tratamentos modernos, essas complicações são raras.
Como se trata?
Dá-se preferência a doses únicas de antibióticos, tais como ceftriaxonia, ciprofloxacino,ofloxacino e azitromicina. Outros antibióticos também podem ser utilizados como a doxiclina e cefixime.
Abstinência sexual ou relações com preservativo durante o tratamento são encorajados.
Como se previne?
A seleção criteriosa da parceira e o uso de preservativos são importantes na prevenção.



Leia Mais: GONORRÉIA NO HOMEM - ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?218#ixzz2iJ6bjdPt 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Imagem de hipertireodismo "Bócio"



Excesso de iodo nutricional provoca aumento de casos de doenças na tireóide

1) Quais foram os resultados do estudo epidemiológico realizado pela USP sobre o excesso de iodo?
O estudo epidemiológico realizado pela Faculdade de Medicina da USP e a Unidade de Tireóide do Hospital das Clínicas, em 2004 e 2005, em duas áreas da Grande São Paulo – São Bernardo do Campo e área vicinal do Pólo Petroquímico de Capuava (Mauá, Capuava e Santo André) – constatou um aumento do número de casos de Tireoidite Crônica Auto-imune, conhecida também por Tireoidite de Hashimoto (TH), em função do consumo excessivo de iodo contido no sal de cozinha.

2) O que é a Tireóide de Hashimoto?
A Tireoidite de Hashimoto é uma doença auto-imune, que atinge mais as mulheres, na qual o próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireóide, levando a uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de seu volume (bócio) e diminuição de seu funcionamento (hipotireoidismo).

3)O que o estudo comprovou?
O estudo, financiado pela Fapesp, comprovou que 82 das 420 pessoas analisadas na Vila Paulicéia, em São Bernardo, ou seja, 19,5%, tinham Tireoidite de Hashimoto, e 64 dos 409 indivíduos examinados na área vicinal do Pólo Petroquímico de Capuava, o que equivale a 15,6%, sofriam da doença. Em 52% do total de pacientes analisados nas duas áreas, a concentração de iodo na urina ultrapassou o nível máximo recomendável de 300 microgramas de iodo por litro (mcg/L), o que comprova que o aumento de casos de Tireoidite de Hashimoto deve-se ao fato da população brasileira estar sob excesso nutricional de iodo.

Entre 1998 e 2003, os brasileiros consumiram mais iodo em decorrência de uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que aumentou a proporção de iodo no sal de 40-60 mcg/kg (microgramas por quilo) para 40-100 mcg/kg. A adição de iodo no sal é obrigatória no Brasil desde 1995.

4) Por que a carência de iodo é considerada um problema de saúde pública?
Porque pode levar a doenças como bócio e, no caso das gestantes, ocasionar o nascimento de crianças com rebaixamento mental e surdez congênita. Por outro lado, o excesso de iodo pode ter como conseqüência o aumento de casos de Tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo. O nível ideal de iodo no organismo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 100 a 300 mcg/L (microgramas por litro), que é medido por um exame de urina.

5)Pesquisas anteriores já haviam alertado para o problema?
Pesquisa realizada pela FMUSP, em 2001, no chamado “Projeto Thyromobil” em escolares (7 a 14 anos) de 8 Estados, já havia confirmado excesso de iodo entre a população brasileira. Na época, dos 2.086 escolares examinados, 68% tinham níveis de iodo acima de 300 microgramas de iodo por litro. E o mais grave: 10% dos analisados tinham ao redor de 1000 microgramas de iodo, um índice considerado altíssimo. O estudo foi repetido em 2003-2004, com estudantes do Estado de S. Paulo: 57% das amostras de urina analisadas tinham valores acima de 300 microgramas de iodo por litro. Esta comprovação de que a população estava consumindo excesso de iodo levou a Anvisa a rever a resolução de 1998. Em março de 2003, o órgão reduziu novamente o teor de iodo para 20-60 mg/kg de sal.

6)Por que os problemas ainda estão aparecendo em 2005?
O consumo excessivo de iodo por cinco anos é como “uma bomba de efeito retardado” – as conseqüências aparecem mais tarde. Vários estudos, em diferentes partes do mundo, apresentaram os mesmos resultados.

7) O que motivou a realização deste estudo?
O que motivou o estudo epidemiológico da FMUSP, na verdade, foi a suspeita, levantada por uma médica de Santo André, de que estaria ocorrendo um aumento de casos de Tireoidite de Hashimoto na região do Pólo Petroquímico de Capuava, devido a fatores ambientais locais (poluentes industriais). O episódio repercutiu entre autoridades ligadas ao meio ambiente, que pediram à Secretaria de Estado da Saúde para investigar o caso. Realizada pela FMUSP e Hospital das Clínicas, a pesquisa teve início em 2004. Para ter validade, o estudo teria de ser feito concomitantemente em outra área próxima, com a mesma densidade populacional (área controle), no caso a Vila Paulicéia, em São Bernardo do Campo. Em cada região, deveriam ser analisadas no mínimo 400 pessoas.

Os estudantes da Faculdade de Medicina da USP foram a campo. Examinaram aleatoriamente 409 pessoas na área do Pólo, e 420 pessoas na área controle, sendo aproximadamente 80% de mulheres e 20% de homens, divididas em 4 faixas etárias (20-31, 31-50, 51-70 e mais de 70 anos). Foram realizados cinco tipos de exames: ultra-som da tireóide, TSH, T4 Livre, anti-TPO (anticorpos anti-tireóide) e iodo na urina.

8) Como é comprovada a existência da Tiroidite de Hashimoto?
A Tireoidite de Hashimoto é comprovada a partir da conjunção dos resultados de dois exames: o anti-TPO, que analisa a presença de anticorpos contra a glândula tireóide, e a ultra-sonografia, que detecta alterações na glândula (grau 4 e 5 são indicativos de Tireoidite de Hashimoto).

Na área do Pólo Petroquímico, 64 pacientes (15,6%) apresentaram Tireoidite de Hashimoto, sendo 56 mulheres e 8 homens, enquanto na área de São Bernardo do Campo 82 (19,5%) pacientes tiveram diagnósticos confirmados de Tireoidite Crônica, sendo 74 do sexo feminino e 8, masculino. Não houve diferença significativa entre os resultados apurados nas duas áreas estudadas, descartando a suspeita de que poluentes industriais do Pólo Petroquímico seriam responsáveis pelo aumento dos casos de TH. Mas o estudo epidemiológico comprovou que a prevalência da doença é bem mais elevada do que o esperado.

Em 52% dos pacientes examinados, o nível de iodo na urina ficou acima de 300 microgramas de iodo por litro de urina, reforçando a tese de que o excesso de iodo é responsável pelo alto índice de TH na população analisada. Uma pesquisa feita com 547 pacientes normais, mas com excesso de peso, em 1995, no Hospital das Clínicas, constatara um índice de 9,4% de Tireoidite de Hashimoto, aproximadamente, a metade dos casos verificados no estudo atual.

Segundo o médico, na Dinamarca, onde o sal não tem iodo, o índice de TH na população é de 4,3%. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, cujas populações utilizam sal iodado, a prevalência é de 9,1%. O Prof. Geraldo Medeiros também levantou a hipótese de o brasileiro estar ingerindo mais sal do que inicialmente se pensava. Há divergências quanto ao consumo médio diário de sal no Brasil. Enquanto o IBGE afirma que é de 10 g/dia, a indústria salineira diz que é de 14 a 16 g/dia.

O fato de a pesquisa comprovar um alto índice de iodo na população analisada, não invalida, porém, a grande conquista que foi o sal iodado para a saúde da população brasileira.
 

 
Autor
 
Dr. Geraldo Medeiros Neto
 
é Doutor e Livre-Docente em Endocrinologia pela FMUSP, cursou o pós-doutorado na Harvard Medical School, Mass General Hospital, USA. É Professor associado da Disciplina de Endocrinologia da USP e Chefe da Unidade de Tireóide e Laboratório de Tireóide do H